Castração: prós, contras e mitos

Com a diminuição de casas nas cidades, pela exigüidade dos espaços, ocorre maior contato entre os animais de estimação e os seres humanos e eles passa a absorver-lhes os hábitos, e não raro ocorrem empecilhos como manifestação de territoriedade e desta forma o cão ou o gato passa a urinar e mesmo evacuar fora do lugar determinado, devido à marcação de terreno, ou demonstrar sua contrariedade a algo. Também pode ocorrer destrutividade, quebrando coisas, mastigando móveis ou ele começa a vocalizar muito e de modo impróprio ( latindo, uivando, miando…) .

Pode ainda mostras sinais de ansiedade, medos, ímpetos, depressão, alteração do apetite, auto agressão com mordidas nas patas ou cauda ou passa a agredir pessoas e outros animais também.

O cão é um lobo civilizado, e no seu coração mora o anseio de ser conduzido pelo chefe da matilha. Mas se ele nasce com propensão à liderança, e não for bem conduzido e ensinado durante sua infância e juventude, poderão ocorrer problemas.

Em relação às fêmeas, os cios em geral geram nervosismos, comportamentos alterados, além do que o confinamento gera estress, aumentando e muito, o risco de infecções , formação de cistos ovarianos, alterações do aparelho reprodutor.

No caso dos gatos, quando adultos costumam urinar pela casa, mostrando territoriedade, tanto machos quanto fêmeas, e o odor da urina de gatos inteiros é muito forte e desagradável, que permanece no ambiente.

A partir destes contratempos gerados pelo confinamento dos animais de estimação, desenvolveu-se o hábito de castrar os animais, pois permite maior número de adoções, diminui a agitação excessiva, além do que diminui o risco de instalação de infecções e tumores.

Há pessoas que acham uma maldade castrar um animal saudável e jovem. É preciso esclarecer que não há ônus emocional na castração, não ocorre alteração de personalidade, e não ficam obesos se mantiverem o exercício e controle das calorias. Eles continuam a ser os mesmos companheiros, sua atividade pode ser a mesma.

Se o cão ou cadela forma castrados já adultos, persiste em algum grau a libido, mas é uma verdade que diminuindo a concentração de hormônios, também diminui muito a agressividade e a competitividade atenua-se, o que permite uma maior e melhor convivência com outros animais.

É lenda o fato que uma fêmea precisa ter uma ninhada antes de castrar. As causas de aparecimento de tumores mamários são: uso de anticoncepcionais injetáveis, hereditariedade, exposição continua a toxinas e radicais livres. Muitas fêmeas que tiveram várias crias, podem manifestar quando mais velhas infecções uterinas e tumores mamários. Em contrapartida a castração abole o perigo de complicações por infecções uterinas, e diminui muito a incidência de tumores mamários nas fêmeas, assim como infecções da próstata e complicações da hipertrofia da mesma em machos.

A castração faz com que diminua o número de ninhadas abandonadas, e é uma forma de evitar proliferação de doenças infecciosas mortais, e mesmo zoonoses.

Fonte: Bichos Online – http://bichosonline.vet.br/?p=220